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Numa empresa de armazenamento ou num centro de distribuição, a delimitação de zonas de trânsito, áreas de trabalho e espaços de carga e descarga pode ser otimizada com a utilização da marcação de chão 5S.
A marcação de chão 5S é muito mais do que um sistema de colocação de fitas; é uma metodologia completa que ajuda a optimizar a produtividade através de marcas visuais coloridas. Estes padrões ajudam a organizar as diferentes zonas do armazém e a adotar melhores práticas de segurança.
Embora existam dois tipos de marcação do chão do armazém, com fita adesiva resistente e duradoura ou tinta epóxi, perfeita para derrames de produtos químicos e zonas de tráfego, o objetivo da marcação do chão 5S é conseguir espaços de trabalho organizados, arrumados e limpos de forma contínua.
Esta técnica de gestão baseia-se em cinco princípios japoneses que começaram na Toyota na década de 1960 e que descrevem cada parte do processo: seiri (ordenar), seiton (estabilizar), seiso (brilhar), seiketsu (normalizar) e shitsuke (sustentar), que descreveremos a seguir.
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Marcação do piso 5S num armazém
Seiri (tipo)
O primeiro passo da marcação de chão 5S consiste na limpeza do espaço de trabalho, o que significa identificar todos os artigos que não são necessários num armazém, separando-os, eliminando-os ou armazenando-os para utilização posterior. Isto evita que objectos desnecessários ocupem espaços essenciais.
Para separar bens ou materiais, é necessário saber com que frequência são utilizados ou quão essenciais são. Esta hierarquização ajuda a tirar partido dos novos locais mais limpos, a delimitá-los corretamente com fita adesiva ou tinta e a garantir que podem ser utilizados com a máxima eficiência.
Seiton (estabilizar)
Seiton, a segunda parte do processo de marcação do chão 5S, está relacionada com o estabelecimento de um método que ajuda a localizar rapidamente os materiais através de marcações de cor e forma. Desta forma, será fácil aceder aos bens, utilizá-los e substituí-los, se necessário.
Um dos critérios para a encomenda de materiais é o conceito FIFO (primeiro a entrar, primeiro a sair), que ajuda a definir o primeiro item a sair de uma fila. No entanto, a ordenação e a repetição também tornam mais fácil encontrar uma ferramenta ou os objectos certos quando necessário.
Seiso (brilho)
A terceira parte do método de marcação de pavimentos 5S, denominada seiso, está relacionada com a limpeza. Depois de arrumar uma área de trabalho e ordenar os seus elementos mais importantes, é altura de a fazer brilhar. Quanto mais limpo estiver um espaço de trabalho, menor será o atrito com o seu fluxo.
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Para manter um espaço de armazém a brilhar, por exemplo, as marcações no chão podem indicar as áreas de limpeza, armazenamento, trânsito, carga e descarga e qualquer outra atividade dentro das instalações. Estas marcações recordam aos empregados quais os artigos que devem ser colocados nesses espaços e quais os que devem ser retirados.
Seiketsu (normalizar)
A penúltima etapa da marcação de chão 5S consiste em normalizar os processos para manter os espaços de trabalho ordenados, limpos e a brilhar. A única forma de o fazer é detectando situações irregulares ou anómalas e corrigindo-as atempadamente.
Quando se repetem processos eficazes, consolida-se uma rotina no local de trabalho, o que melhora a segurança e a produtividade no armazém ou centro de distribuição. Nesta altura, os operadores já sabem, por exemplo, que a fita vermelha corresponde aos resíduos, a fita verde aos produtos acabados, a fita amarela indica o fluxo de mercadorias, etc.
Shitsuke (sustentar)
Por último, o shitsuke visa manter os benefícios das quatro etapas anteriores, seiri, seiton, seiso, seiketsu, através do sentido de auto-disciplina dos trabalhadores e operadores de um armazém ou centro de distribuição.
Esta etapa visa obter uma verificação contínua e fiável da marcação no chão dos 5S, que serve de lembrete para manter os espaços de trabalho com os elementos indispensáveis arrumados e limpos, uma vez que estas marcações ajudam a dar indicações de trânsito, indicam áreas perigosas e delimitam zonas de trabalho.
Considerações gerais sobre a marcação de pavimentos 5S
Ao implementar a marcação de chão 5S num armazém ou centro de distribuição, deve ser estabelecido um código de cores e um padrão, seguindo os regulamentos de segurança do território.
Certificação OSHA por exemplo, sugere que o preto seja utilizado para o trabalho em curso, o preto e branco para manter um espaço limpo e o azul para as matérias-primas. O verde corresponde aos produtos acabados, o laranja às áreas de inspeção e o vermelho à retenção de materiais defeituosos ou a riscos de incêndio. O branco indica onde se encontram os contentores ou outros artigos, enquanto o amarelo se refere ao fluxo de materiais, como corredores e áreas de tráfego.
Uma vez estabelecidas as cores para a marcação do piso 5S, esta informação deve ser partilhada com todos os funcionários através de formação e da criação de um quadro exposto numa área central com cada cor e o seu significado.
Por fim, deve ser feita uma escolha entre as fitas industriais, geralmente o método mais económico e menos complicado, ou a pintura, que requer mais planejamento, mas é mais eficaz em áreas de tráfego intenso devido à sua durabilidade.
Seja qual for o método escolhido, a marcação de chão 5S deve ser efectuada por um especialista, como um consultor de organização de armazéns, e com produtos de qualidade que garantam a durabilidade, preservem espaços seguros e minimizem a perturbação dos processos nos armazéns e centros de distribuição.
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